quinta-feira, 15 de abril de 2010

Nova liderança do PPM promove referendo à República

"A nova liderança do Partido Popular Monárquico (PPM) vai promover a realização de um referendo à República, uma "promessa com 100 anos" que querem concretizar.

Para Paulo Estêvão, a iniciativa lançada no início deste ano por Nuno da Câmara Pereira, seu antecessor na liderança do PPM, é "muito válida" e "tem o acordo total" da nova liderança.
"Vamos continuar com essa iniciativa (…) O que exigimos é o que foi prometido há 100 anos, não temos medo da democracia", disse, em declarações à agência Lusa.
No início de Janeiro, o demissionário líder do PPM anunciou o lançamento de uma recolha de assinaturas para levar a Assembleia da República (AR) a discutir a possibilidade de os portugueses serem ouvidos em consulta popular sobre a reimplantação da monarquia.
Em apoio da iniciativa, o sucessor interino de Nuno da Câmara Pereira (terá ainda de ser confirmado em Conselho Nacional a realizar a 10 de abril) rejeitou ainda "a desculpa de que não é necessário [referendar] porque já se sabe que a maioria" é a favor da República.
"Dizem os republicanos que não é necessário realizar nenhum referendo porque a maior parte da população é republicana. Em democracia não devemos ter premissas à partida, o que se faz em democracia é colocar a votos a questão. Se a população é maioritariamente republicana, o regime permanecerá com as características que tem, se não for essa a situação devia ser restaurada a monarquia", comentou.
Sobre o futuro do partido, Paulo Estêvão definiu ainda como primeiras prioridades sanar "qualquer tipo conflito em relação à questão dinástica" - "nenhum dirigente do partido se irá pronunciar sobre esta questão e não existirá nenhuma questão em relação ao senhor dom Duarte", especificou.
Admitindo a existência de "diferentes perspetivas" no partido, Paulo Estêvão escusou-se a comentar a demissão apresentada por Nuno da Câmara Pereira e anunciou que vai propor ao Conselho Nacional que seja convocado um Congresso "dentro de um ano" (a atual direção tem mandato até ao final de 2011)."

D ESTAK/LUSA | DESTAK@DESTAK.PT

Sem comentários:

Enviar um comentário